Alegria e a esperança de Cristo Ressuscitado
Comunidade de Oração Mariana Eucarística de Schoenstatt– Estamos vivendo um tempo de pandemia, de tristeza, dor, perdas… mas a solenidade da Ascensão do Senhor ao céu nos dá esperança, alegria e a certeza que Jesus está vivo, sentado à direita do Pai em corpo, alma e divindade. Jesus Ressuscitado abre-nos o céu! O relato do Novo Testamento de que Jesus ressuscitado foi elevado ao céu com seu corpo físico, na presença de onze de seus apóstolos, nos mostra o poder que Jesus recebeu do Pai e nele foi plenificado.
Jesus nos dá esse mesmo poder quando nos diz: “Vá e faça discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-os a observar tudo o que lhes ordenei!” (Mt 28,19).
A Sagrada Escritura nos dá também uma descrição detalhada da ascensão corporal de Jesus às nuvens. “Elevou-se da (terra) à vista deles e uma nuvem o ocultou aos seus olhos. Enquanto o acompanhavam com seus olhares, vendo-o afastar-se para o céu, eis que lhes apareceram dois homens vestidos de branco, que lhes disseram: “Homens da Galileia, por que ficais aí a olhar para o céu? Esse Jesus que acaba de vos ser arrebatado para o céu voltará do mesmo modo que o vistes subir para o céu”. (At 1: 9,11).
São Leão Magno, papa, nos diz em um de seus sermões: “… recordamos e celebramos aquele dia em que a humildade da nossa natureza foi exaltada, em Cristo, acima de toda a milícia celeste, sobre todas as hierarquias dos anjos, para além da sublimidade de todas as potestades e associada ao trono de Deus Pai. (…) Esta fé, aumentada com a ascensão do Senhor e fortalecida com o dom do Espírito Santo, nem os grilhões nem os cárceres nem os exílios nem a fome nem o fogo nem as dilacerações das feras nem os tormentos inventados pela crueldade dos perseguidores jamais puderam atemorizá-la.”[1]
Com a ascensão do Senhor, continua São Leão Magno, “o Filho do homem deu-se a conhecer de modo mais sagrado e profundo como Filho de Deus. Ao ser acolhido na glória da majestade do Pai começou de um modo novo e inefável, a estar mais presente no meio de nós pela divindade quando sua humanidade visível se ocultou de nós…” [2]
Assim vemos que esta grande solenidade nos fortalece, pois sabemos que nada neste mundo, nenhum sofrimento, por maior que seja, mesmo aquilo que não se explica humanamente, supera a certeza de que Jesus está à direita do Pai, “… subsistindo a natureza do corpo glorificado, a fé dos que creem é atraída para lá, onde o Filho Unigênito, igual ao Pai, poderá ser tocado não mais pela mão carnal, mas pela contemplação do espírito.”[3]
[1] Liturgia das Horas, Of. de Leituras, pg. 849, vol. II
[2] Idem 1
[3] Idem 1 e2