A Família de Schoenstatt de Niterói/RJ se reuniu com grande alegria em torno do altar da Catedral de São João Batista, na manhã do dia 5 de maio. Neste ano jubilar, o motivo que os une é celebrar, como Igreja Arquidiocesana, a Missa de Ação de Graças pelos 50 anos da partida do Pai e Fundador, Pe. José Kentenich, ao lar eterno. Com amor e gratidão, os corações se aquecem ao receber o presidente da celebração, Dom Luiz Antônio Ricci, bispo auxiliar da Arquidiocese de Niterói, e os padres Juvaldes de Aquino Guilherme, Ademar Pimenta e o Pe. Afonso Wosny, diretor regional da Central de Assessores do Movimento no Sudeste.
A procissão de entrada teve à frente a bandeira do Movimento Apostólico de Schoenstatt, seguida pela imagem da MTA, levada pelos homens do Terço da Mãe Rainha. No dia anterior à celebração, essa imagem da Mãe Peregrina chegou à casa dos Bispos, sendo acolhida por Dom Luiz Antônio, que fez a oração de recepção. A Mãe se antecipou ao encontro da Igreja com a Obra.
Gratidão
Ao iniciar sua homilia, Dom Luiz Antônio saudou a Família de Schoenstatt dizendo: “Que bom que aqui estamos para agradecer e celebrar os 50 anos do falecimento do fundador, Pe. José Kentenich”. Em seguinte, ele reforçou que a palavra-chave desse dia é “gratidão”, pois Deus sempre esteve presente no caminhar da história de Schoenstatt e continua atuando, por meio da perseverança de cada pessoa em levar esta Obra para o mundo atual. Continuou acentuando que a palavra “gratidão” está entrelaçada com mais duas outras palavras: compromisso e esperança.
“Olhar para trás com gratidão e ver as maravilhas que Deus realizou nesta Obra. Que Deus jamais abandona seu povo e sua Obra. E a gente acredita que esta obra é de Deus. Depois, olhando para trás, podemos ver que Deus sempre esteve presente, então é a nossa gratidão. Depois, olhar para o presente e o nosso compromisso de dar continuidade a tudo aquilo que nos foi semeado e já foi vivenciado, então nós, que fazemos parte dessa grande Família e fomos escolhidos por Deus, e é Deus que nos chama para dar continuidade a esta Obra. É nossa responsabilidade dar continuidade e saber que tudo aquilo que semeamos com amor produz bons frutos e o resto é a esperança de que outros continuem a realizar esta Obra”, diz o bispo.
Testemunho para transformar vidas
Logo, ele reforçou ainda que a Missa é celebrada num sábado, dia em que a Igreja liturgicamente homenageia Nossa Senhora e, dessa vez, ela é homenageada como a Mãe e Rainha. Ao falar sobre as leituras do dia, o bispo ressaltou que a primeira leitura é uma resposta ao apostolado do Movimento. Citando Paulo como apóstolo e missionário, Dom Luiz Antônio reforça também que cada um ali presente deve ser apóstolo e missionário ao propagar o amor de Maria.
Ao comentar o evangelho, Dom Luiz Antônio fez um paralelo entre as dificuldades que Jesus passou e sofreu com os desafios vividos pelo Pai e Fundador. Ambos foram vítimas do ódio. O bispo frisa: “Não devemos permitir que esses males nos contaminem. Não podemos pagar o mal com o mal. O cristão não deve reproduzir o mal. O cristão é chamado a agir diferente, ou seja, o seu testemunho deve transformar vidas”.
Fidelidade como conservação do amor original
Após a Santa Missa, a Família Schoenstattiana se reuniu na ‘Casa Pe. José Kentenich’, em Niterói, para celebrar esse dia de graças com um almoço familiar. Ali seguiu também uma palestra do Pe. Afonso Wonsy sobre a “Fidelidade por uma Nova Terra Mariana”. Nesta, ele fez uma ligação entre a pessoa do Pe. José Kentenich com o lema trimestral do Movimento, instigando a Família a questionar-se: onde queremos ter uma nova terra mariana? E a resposta primeira, todos concluem, é o próprio Brasil.
Ele lembra que o Pe. José Kentenich era um homem que observava os sinais do tempo, assim, definiu Schoenstatt como sendo um Movimento de educação e de renovação religiosa e moral para o mundo. Por meio disso, diz o Pe. Afonso, podemos aplicar concretamente esse pensamento e atitude do Pai e Fundador no Brasil, um país que está ferido e cheio de chagas. Precisamos de um novo Brasil, mariano e mergulhado numa profunda fidelidade.
O Pe. José Kentenich via a fidelidade como a conservação do amor original, explica o diretor regional. É o cuidado em manter vivo o nosso primeiro amor, o amor a Deus. Ele nos sinaliza que essa fidelidade deve ser criativa e criadora e que o Pai e Fundador quer filhos que entendam a sua mensagem, que conheçam o que ele veio fazer e que entendam a sua Obra criativa e original, aponta o Pe. Afonso.
E o que surgirá após a vivência desse dia?
Foi com grande alegria que a Família de Schoenstatt chegou ao final desse sábado, confiante que na Providência Divina podem se tornar um sinal de luz e esperança para o mundo. Na força da Aliança de Amor, unidos ao Pai e Profeta, desejam penetrar mais profundamente em sua espiritualidade, sem medir esforços para torná-lo conhecido e amado.
Por: Fátima Maria Salgado / Ivete Amorin / Melissa Salgado / Maria da Glória de Alencar
Fonte: www.schoenstatt.org.br