Deus confiou à família a missão de guardar, revelar e comunicar o amor…O amor que Ele tem pela humanidade e o amor que Cristo tem pela Igreja Cada família é chamada a guardar o amor, isto é, manter o amor fiel para revelá-lo e comunicá-lo. Para isso, é necessário cultivar o amor, do mesmo modo como se cultiva uma flor, um jardim: ter dedicação e observar se é preciso dar água, colocar adubo, deixar a planta exposta ao calor ou às vezes, à sombra. Deus ama a família. Quis que seu Filho nascesse em uma família: na Família de Nazaré. O que fazer a fim de desabrochar o amor à família? Cristo é o Amor. O Amor que se doa inteira e desinteressadamente. A Mãe de Deus o amou, “mergulhou” a sua vida n’Ele, por isso também muito amou. Entregar o coração a Maria é deixar-se educar por ela. E sua tarefa é conduzir-nos ao Filho. Ela quer gravar em nós a imagem do Filho, que é o Amor. Assim como uma planta, também o amor necessita da água da vida sacramental. É esta água que faz vencer as dificuldades que existem na família, no matrimônio. Sem esta água, tudo seca, vem o desânimo, o desinteresse de um pelo outro e as coisas são feitas simplesmente por fazer e não por amor. Desta “água”, que é a vida sacramental brota o amor que impulsiona a empenhar tudo pela família. Maria segura o Filho nos braços e diz: dê um espaço para meu Filho em seu coração. Deixe que Ele reine em sua vida, então o Amor se tornará presente. Como isto se realiza? Por uma boa confissão, participando da Santa Missa aos domingos, comungando, rezando, tirando um tempo para estar com Ele. A maioria das famílias entram na rotina e pelo excesso de trabalho, cansaço, acham tudo natural como se desenrola o dia a dia. Não praticam mais gestos de carinho, não renovam o amor, e por isso, o seu amor que não recebe mais calor murcha e chega a morrer. Delicadeza no falar, um aperto de mão carinhoso, um aconchego do cônjuge, um beijo e um abraço nos filhos, sentar para escutar o cônjuge e os filhos… caíram da moda, e no entanto, às vezes se perde tanto tempo na TV, na internet, nos barzinhos e shoppings. A Mãe de Deus com certeza, no seu lar de Nazaré pode expressar seu amor com atitudes e gestos de carinho para com José e Jesus. É muito bom se perguntar: O que falta entre nós casal e família, a fim de que nosso amor receba o “calor” dos gestos de carinho, tão necessário para desabrochar belo e cheio de vida? Cada pessoa é única. Possui talentos, virtudes, boas qualidades, mas também defeitos, falhas. Conviver com diferenças nem sempre é fácil. Por isso, doar o coração à Mãe de Deus é deixar que Ela o forme e conceda a sua atitude bondosa de compreender as pessoas. Quanta compreensão existia no coração da Mãe de Deus. Ela é admirável no seu amor. Compreensão é expressão de amor. Maria ensina a olhar o cônjuge com benevolência, a suportar os seus defeitos e vencê-los; a compreender o outro e a aceitá-lo com amor, amando-o como ele é. A “sombra” da compreensão faz com que o amor cresça mais sadio. Vale a pena examinar com cuidado o que está faltando para cultivar o amor na família, a fim de que nela reine a primavera de um belo amor e não o inverno duro e frio do “amor” que não tem mais sentido. Convide Maria para que ela reine no seu coração, em seu lar. Entregue o coração a esta boa Mãe Educadora e se deixe educar por ela. O amor irá crescer e desabrochar. [1] Familiaris Consortio, João Paulo II, n.17 Imagem: Arquivo MPA vida sacramental
Gestos de carinho
Compreensão
[1].