Queridos coordenadores, missionários e famílias que recebem a visita mensal da Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt.
Celebramos hoje, a Aliança de Amor com a Mãe de Deus, dádiva preciosa do amor de Deus Pai, a nós concedida desde o 18 de outubro de 1914, quando a Capelinha de S. Miguel foi transformada no Santuário de Schoenstatt. Realizou-se uma entrega filial de um jovem sacerdote, o Pe. José Kentenich e um grupo de seminaristas, à Mãe de Deus e a partir desta data surge o lugar de graças por meio da Aliança de Amor. Esse ato de consagração, de entrega, que cumpre exigências de amor, como toda aliança que é selada, por mais de 100 anos se renova. São inúmeras pessoas que se entregam à Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt.
Maria nos inscreve em seu coração
Quando prisioneiro no Campo de Concentração de Dachau, o Pe. Kentenich fez a súplica à Mãe de Deus:
‘Mãe, inscreve-nos em teu coração,
contigo nos conduze rumo ao céu.
Fielmente renovamos a aliança
que um dia selamos contigo.’[1]
Quando confiamos a nossa vida à Mãe de Deus, selando a Aliança de Amor com ela, passamos a nos pertencer mutuamente. Ela assume a responsabilidade por nós, mas nós também nos comprometemos com ela: ‘Nada sem Vós – nada sem nós!’
Ela inscreve o nosso nome em seu coração maternal. É para sempre! Passo a lhe pertencer com tudo o que sou e tenho: minhas preocupações, aflições, alegrias, minha família, enfim, tudo o que trago em meu coração.
A singela oração: ‘Maria, em teu coração, grava-me profundamente com letras de sangue e fogo. Pois sou teu para sempre. Em amor e gratidão seja teu nome, ó Mãe, gravado em meu coração eternamente. Amém’, expressa esta mútua doação.
Toda mãe genuína, não apenas guarda seus filhos no seu coração maternal, mas eles estão inscritos no seu coração, que nada e ninguém pode apagar. E os filhos agem também assim.
“Um pequeno santo, filho de rei polonês, Estanislau Kostka[2] tornou-se jesuíta. Saiu da casa paterna e ingressou na Ordem dos Jesuítas. Entrou no noviciado em Roma e introduziu-se nas verdades do Reino de Deus. Certo dia, saiu para passear na companhia de alguns padres e conversavam sobre a Mãe de Deus. Um padre perguntou-lhe se ele amava a Mãe de Deus. Respondeu admirado: É evidente, pois, ela é minha Mãe.”[3]
Entendemos o que isto significa? Ele não diz que ela é ‘como se fosse minha Mãe, mas ela é minha Mãe’[4].
O amor inscreve!
O que significa inscrever? No dicionário lemos: ‘Escrever (gravando ou esculpindo)’[5]. Muitos casais têm o costume de gravar o nome do seu cônjuge na aliança matrimonial para expressar a pertença mútua.
Assim, nossa entrega à Mãe de Deus, na Aliança de Amor, é expressa na inscrição de corações. E algo concreto desta inscrição é o Livro da Aliança. É um momento sagrado esta hora de Aliança com a Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt. Sob o altar é colocado esse Livro e, após rezar a oração da Consagração, de Aliança e, sob o olhar da querida Mãe de Deus, se assina no Livro da Aliança. Nele estão inscritos os nomes de todos o que já se doaram à Mãe de Deus.
Neste dia 18 renovemos a Aliança de Amor com a Mãe de Deus e, mais uma vez, recordemos que estamos inscritos no seu coração. Isto nos confere tranquilidade, segurança, abrigo, pois é uma inscrição com “sangue e fogo”, isto é, que nunca se apagará. Às vezes, pode acontecer que eu me afaste um pouco dela, mas ela é a Mãe fiel que uma vez me aceitou, nunca me abandonará. O Pe. Kentenich, convicto desta realidade diz:
‘Eu creio firmemente que jamais vai perecer,
quem permanecer fiel a sua Aliança de Amor’[6].
Neste dia da Aliança confiemos a esta boa Mãe, nossa Pátria, nossos governantes, as pessoas que sofrem pelas catástrofes naturais, os desempregados, o Santo Padre, o Papa Francisco e toda a Igreja rezando:
Mãe de Deus, inscreve em teu coração maternal e misericordioso toda a humanidade.
Que nosso nome jamais se apague deste “recinto” sagrado.
Nós te pertencemos e tu pertences a nós.
Teu nome também está inscrito em nosso coração para sempre.
“Com vosso Divino Filho, abençoai-nos, ó Virgem Maria!”
Feliz Dia da Aliança!
Referência:
[1] Kentenich, Rumo ao Céu, 384.
[2] Jovem polonês, noviço jesuíta (1550-1568).
[3] Kentenich, José. Homilia de 3.6.1962 em A Mais bela das Mães, p. 42.
[4] Idem, p. 43
[5] https://dicionario.priberam.org/
[6] Kentenich, Rumo ao Céu, 534