Viver a esperança e a confiança com a Mãe de Deus

Juliana Dorigo- Estamos vivendo algo diferente, que jamais imaginamos que poderia acontecer. O mundo parou! Quando celebrarmos a nossa Aliança de Amor com a Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt, nos voltamos para nossa família, onde aprendemos os nossos primeiros passos, em nossas casas.

“Ele (vírus) não parou o mundo para voltar a fazê-lo funcionar simplesmente, mas para mudá-lo. Quer que, por um momento, não nos ocupemos com o grande e fantástico mundo que construímos, mas conosco mesmos, com o pequeno mundo onde nascem todos os mundos que inventamos: o nosso coração e a nossa família”.[1]

Um só coração e uma só alma

O Pe. José Kentenich dizia que “é bom e louvável romper com a estreiteza inata de nosso coração, com nossa egolatria e egoísmo cuidadosamente cultivados, a fim de, como círculo, representarmos uma comunidade de vida, a mais íntima possível, da qual se possa dizer: “Cor unum et animo una” – um só coração e uma só alma. Pode ser que ainda leve muito tempo até alcançarmos este alto ideal: profunda comunidade de amor, de vida e tarefa. E mesmo assim teremos alcançado somente pequena parte de nosso ideal.[2]

Tudo posso naquele que me conforta

Quando estava preso no campo de concentração de Dachau, na Alemanha, o Pe. Kentenich escreveu: “Quando nossa própria fraqueza tentar nos oprimir e nossas mãos débeis e cansadas quiserem deixar cair a bandeira; quando nossa alma estiver deprimida e nos esforçarmos por cumprir nossa tarefa de instrumento, sem conseguirmos êxito exterior, o que nos impulsionará para o alto é o pensamento: ‘missus sum’– sou enviado. Deus escolheu justamente instrumentos fracos, a fim de que seu poder, sua grandeza e a honra da Mãe de Deus brilhem e triunfem na Obra total, com maior intensidade. Por isso, não nos deixaremos confundir por coisa alguma, muito menos por nossa incapacidade, fraqueza e limitações. Ao contrário, rezamos com Paulo: ‘Glorio-me de minha fraqueza, porque por ela se revela em mim a força de Deus, tudo posso naquele que me conforta’. (2 Cor 12,9; Fil, 4,13)”[3]

Amor à Mãe Três Vezes Admirável

Devemos nos dedicar, nos abandonar diante da Mãe de Deus, para que ela nos transforme, para deixar que ela demonstre também o seu amor por nós. Ela nunca abandona seus filhos, em tempos difíceis devemos voltar a nossa confiança em seu amor.

“À medida que nos esforçarmos por realizar a dedicação, o abandono e a transmissão de amor, também faremos valer nossas exigências de amor. E com esta perfeita dedicação de amor à Mãe Três Vezes Admirável, podemos esperar que ela também demonstre sua perfeita dedicação de amor para conosco ou, aplicando à nossa situação outra palavra: ‘Mater perfectam habebit curam’ – a Mãe cuidará perfeitamente!”[4]

Referências:

[1] Pe. Antonio Bracht, Missa de coroação da Mãe e Rainha no Santuário Original, como Rainha da Saúde
15 de abril de 2020

[2] Ir. M. Fernanda Luiza Balan, livro: Algo Novo Está se Criando: Sinais dos Tempos e Profecias, Pe. José Kentenich, Campo de Concentração De Dachau Textos Extraídos do 39 Documento de Fundação – 08/12/1944. Pág. 112

[3] Idem. Pág 113

[4] Idem.Pág 114