Estimadas famílias, que recebem a visita da Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt! Vivenciamos com toda a Igreja o mês dedicado às vocações. Em cada domingo celebramos uma vocação específica: vocação sacerdotal, vocação da família, dos religiosos, dos catequistas e dos leigos… Destas vocações contemplemos de modo especial, a família. Não é por acaso que a Semana da Família é celebrada no mês de agosto.

O fato de colocar a família em destaque não significa simplesmente lembrar-se dela ou homenageá-la e sim, levar-nos a uma profunda e séria consciência do seu valor, dignidade e importância como célula primeira e fundamental da Igreja e da sociedade, berço de vocações e de cidadãos conscientes de sua responsabilidade.

A família é uma das mais belas e sábias criações de Deus! É uma fonte de vida e amor. A família é chamada carinhosamente de “Igreja Doméstica” e “Santuário da vida”. Como Igreja Doméstica a família torna-se escola onde se aprende a arte de amar, respeitar e rezar… A família é responsável pela ” transmissão da fé… tal como uma mãe ensina aos seus filhos a falar…” (Papa Bento XVI – V Encontro Mundial das Famílias, Valencia 2006). É na vida familiar, no rezar em família, no diálogo, nos gestos de amor e carinho que se experimenta o Cristo Vivo.

Hoje, mais do nunca, as famílias experimentam diversos problemas, diversas barreiras, impedindo a vivência familiar que forma o discípulo e missionário de Cristo. Reconhecemos que muitas famílias estão fragilizadas ou até flageladas, por muitos motivos não conseguem mais enxergar a sua família como terra maravilhosa.

Ao refletirmos sobre a situação de nossa família, podem surgir inquietações em nosso coração. Podemos tranquilizá-lo com a ajuda do Papa Francisco. Ele nos ensina que apesar dos conflitos familiares, ter um olhar positivo é o caminho para a harmonia familiar. Ele usa a expressão maravilhar-se, para dizer que maravilhar-se é o oposto de interpretar a realidade que nos rodeia e os acontecimentos da história somente segundo os nossos critérios:

“Maravilhar-se é abrir-se aos outros, compreender as razões dos outros: essa atitude é importante para curar relacionamentos comprometidos entre as pessoas e é também indispensável para curar feridas abertas no âmbito familiar”[1].

O Papa também ressalta que muitas vezes existem problemas entre os membros da família, cada parte sempre acha que tem razão e fecha as portas aos outros. Porém, deveríamos pensar o que a outra pessoa tem de bom e maravilhar-se por este “bom”. O Santo Padre explica:

“Isto ajuda a unidade da família. Se vocês têm problemas na família, pensem nas coisas boas que possui essa pessoa com a qual vocês têm problemas, e se maravilhem disto. E isto ajudará a curar as feridas familiares”[2].

E se a família vai bem, se ela é portadora do amor, então a sociedade será um reino de amor onde habita a justiça, a paz, a harmonia e o respeito. Caso contrário o “prédio” da sociedade está abalado e comprometido.

Ao celebrarmos este dia da Aliança de Amor, supliquemos à Maria, Rainha das Vocações, que desperte nas famílias o ardor missionário transformando a sociedade num reino onde a lei fundamental é o amor.

Feliz dia da Aliança!

Ir. Ana Maria dos Santos Lima
Coordenadora do Secretariado da Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt
Atibaia/SP

 

 

Referência:

[1] Angelus, 30.12.2018 – (https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2018-12/papa-francisco-angelus-30-dezembro-2018.html).

[2] Idem.