Por: Pe. Francisco José Lemes Gonçalves

Tempo Novo Litúrgico na Igreja… as profecias se cumprem na Virgem de Nazaré, o Verbo se faz carne e habita entre nós! Deus visita seu povo, a luz do alto nos vem visitar, trazer alegria, novo céu, nova terra! São quatro semanas que na Coroa do Advento a luz vai fazendo um crescendo, no simbolismo do mundo, a luz abraça o mundo, como mais tarde dirá: “Eu sou a luz do mundo”.

Tempo que com Maria estaremos “grávidos” de Cristo e lhe daremos à luz neste mundo árido e envolto em trevas. Por isso, nos preparar por meios das Novenas de Natal, estar bem atento as belas propostas de leituras nos Domingos de Advento, preparar nossas casas na montagem do Presépio, que nos remete à pobreza em que nasceu nosso Salvador.

Tempo de solidariedade, pois, Deus se solidarizou conosco ao se fazer humano como nós. Tempo de estar numa Igreja em saída, pois, Ele saiu do seio de Pai e veio morar entre nós. Tempo se sermos dóceis, como Maria, aos planos de Deus. Tempo de assumirmos Maria, com responsabilidade e amor, como fez José na paternidade de Jesus, pois, mesmo Jesus não sendo seu filho legítimo natural, ele o assume dando cumprimento às Escrituras de que o Messias nasceria da casa de Davi – José era da casa de Davi.

Tempo de permitir que a cada domingo ao acender a vela da Coroa do Advento, permitir que a Luz de Cristo vá iluminando nosso ser. O Filho veio para resgatar nossa filialidade com Deus arranhada pelo pecado. No Filho somos filhos muito amados do Pai!

Este Tempo Litúrgico nos prepara para fazer memória do Nascimento do Salvador num dado momento histórico, mas também, nos prepara para a Segunda Vinda do Senhor conforme prometera. Ao mesmo tempo que celebramos sua vinda histórica, no tempo humano; o aguardamos com alegria sua vinda definitiva! Por isso rezamos ao final da consagração do Pão e do Vinho: “Vinde, Senhor Jesus”.

 

Com nosso Pai e Fundador rezemos:

“Teu Santuário é nossa Nazaré oculta na noite dos tempos.
Ali, Imaculada, orando, lutas cheias de anseio pela aurora da salvação;
Ali Gabriel te faz o pedido e o mundo se ilumina por teu Sim.”

(Rumo ao Céu, 181-182)