Rastros de amor, fé e bondade
Juliana Dorigo– “Embora morto, quero andar com o povo de Deus. Última Romaria. Adeus![1] Hoje, 27 de junho, recordamos a última peregrinação de João Pozzobon. O dia em que ele foi chamado ao Lar Eterno. O “incansável peregrino” que percorreu mais de 140.000km com a imagem da Mãe e Rainha, nos inspira a seguir os seus passos por uma missão: salvar às famílias.
João Pozzobon em sua caminhada, deixou rastros de amor, fé e bondade. Mesmo assim, foi incompreendido por muitos durante a sua trajetória, mas nunca desistiu de sua missão. “A Mãe nos leva pela mão em meio à indiferença do mundo para anunciar aquela verdade que temos que assumir para a conquista da salvação.”[2]
Uma vida de sacrifícios
Pozzobon foi um homem de dimensões universais. Um grande exemplo por sua vida, trabalho, atitudes e principalmente sua espiritualidade. A sua simplicidade e amor a Mãe e Rainha falou a todos os setores da Igreja e também a todas as pessoas, estejam elas em caminhos áridos ou dentro das grandes cidades. Sempre haverá uma família que acolhe a imagem da Mãe Peregrina. A vida sacrifical e as renúncias por amor são um sorriso para o céu. (João Pozzobon, 1982).
O Servo de Deus tinha um profundo amor por sua vida de sacrifício. Assim como ele escreveu ao Pe. José Kentenich, em 18 de outubro de 1952. “Conserva a fidelidade e o amor, não temas a cruz, pois, nos muitos sacrifícios encontrarás alegria.”[3].
Maria é minha luz
Mas qual o sentido de uma vida de sacrifícios? Sr. João viveu uma profunda vivência com Maria, foi assim que ele descobriu uma grande riqueza. “Maria é minha luz, caminho seguro, liberta e transforma”. É a luz da verdade de Cristo e da sua Igreja que chega através da Mãe Peregrina, mesmo que nem sempre isto seja totalmente consciente para aqueles que a recebem.[4]
“Jesus e Maria caminharam sobre esta terra, neste mundo, e continuam a andar,
para melhor nos educar e formar na liberdade.”[5]
Mãe e Rainha, meu coração é vosso
A vida é uma grande jornada, e João Pozzobon nos ensina a como torná-la uma busca de santidade. E foi assim em sua última caminhada. “Partirei com as riquezas que me foram proporcionadas, e, nesta grande caminhada (final), apresentarei a Deus todas as cooperações e encontros, que resultaram do grande crescimento desta Campanha. Um adeus! E a Deus quero levar todos que ingressarem na grandiosa Campanha, originada na Obra de Schoenstatt. Tudo isto poderia parecer inútil, mas outros seguirão e serão felizes, porque encontrarão a Misericórdia de Deus. Tudo isto para revelar esta realidade. Deus se faz presente nestas simplicidades”.[6]
“Mãe e Rainha, a minha oração, o meu coração é vosso, cuidai-o para que não ofenda Jesus. Se, neste dia ou nesta noite, devo expirar, fazei que expire serenamente em vossos braços.”[7]
Oração pela beatificação de João Luiz Pozzobon
Deus, nosso Pai, fizeste de João Luiz Pozzobon um esposo e pai exemplar, um amigo dos pobres e um incansável peregrino. Ele dedicou sua vida a levar a Mãe e Rainha às famílias, hospitais, escolas e presídios, rezando o terço.
Por isso Pai, confiante peço que, se for da Tua vontade, este Teu servo seja canonizado e, por sua intercessão, eu possa receber a graça que tanto necessito: (pedir a graça)
Assim rezo, com Maria, a Grande Missionária, para a tua glória e o florescimento da Igreja e a santificação das famílias. Amém.
Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai
—–
Referências:
[1] URIBURU, Esteban J. Herói Hoje, Não Amanhã: vida do pobre peregrino e diácono João Luiz Pozzobon 91904-1985). Edição. Santa Maria: Instituto Secular dos Padres de Schoenstatt, 1991, pag. 219.
[2] ADJLP-346-038/CES
[3] Ibid. p. 179.
[4] MELLO, Alexandre Awi. João Pozzobon, evangelizador da família na pós-modernidade. Santa Maria: Associação Movimento Apostólico, 2007, pag. 206.
[5] URIBURU, Esteban J. 140.000 km a caminho com a Virgem. Santa Maria: Instituto Secular dos Padres de Schoenstatt, 1985, pag. 168.
[6] Idem 5, p. 166
[7] Idem 5, p. 170[/fusion_builder_column][/fusion_builder_row][/fusion_builder_container]