Com o terço nas mãos, João Pozzobon dedicou sua vida a missão de evangelizar as famílias levando a imagem da Mãe Peregrina
Juliana Dorigo – Sabemos que o Servo de Deus João Luiz Pozzobon era um grande orante. A sua vida diária era rica em momentos de diálogo com Deus, onde o seu coração se preenchia pela luz da oração na Santa Missa, na adoração ao Santíssimo, na Via-Sacra, a escuta da Palavra, e de modo especial, o terço.
“Cremos que foi um homem de oração, extraordinário, de profunda vida contemplativa, marcada por seu amor à Mãe e Rainha e por uma notável devoção eucarística e trinitária…” (Pe. Ignácio Cruz)
[1]
Durante suas longas caminhadas com a imagem da Mãe Peregrina nos ombros, ele dizia que o seu ritmo era “pão e terço”. Pelas estradas de terra, nem mesmo a dificuldade do caminho e a incerteza do que encontraria pela frente, nada fazia Pozzobon desviar do seu objetivo. A passos apressados ele seguia para levar a Mãe de Deus ao encontro daqueles que mais precisavam e proporcionar um momento de oração, sempre com o terço em suas mãos.
Companheiro de missão
O terço foi o grande companheiro de missão do sr. João, seja peregrinando, trabalhando, ou capinando a terra. Nas contas do terço ele encontrava a força que precisava, e com a espiritualidade do Movimento Apostólico de Schoenstatt, ele foi impulsionado a crescer no seu caminho de santidade, se desafiando a presentear a Mãe de Deus com terços diários. Ele começou com 3, depois 7, 11 e após certo tempo ele disse: “Mãe, por favor, poderei chegar a rezar 15 terços, em honra dos quinze mistérios?” (Herói hoje, não amanhã p.94)
“Um Homem de Oração. De uma profundíssima vida de oração, de uma oração que poderíamos qualificar de mística. Uma oração transformadora. Dedicava um tempo específico à oração. Os muitos terços que rezava. Grande exemplo para todos”.[2]
O segredo é o amor
O mais importante não era a quantidade. O que fazia deste momento algo extraordinário era o amor. João Pozzobon se colocou de todo coração a ser um instrumento nas mãos da Mãe Três Vezes Admirável e foi o seu amor pela oração e por sua missão que o tornou um exemplo de santidade diária. “O santo terço, a belíssima oração de Maria, com a riqueza dos santos mistérios, é a grande arma a que nem as portas de ferro resistem”.[3]
“Rezando o terço, um homem converteu toda uma cidade” (Pe. Kentenich)[4]
A Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt nasceu por meio da oração do terço, e assim, ganhou o mundo. Hoje, nós somos os herdeiros deste legado de oração. Sendo fiéis à origem e proporcionando uma sinfonia de oração com o terço em nossas comunidades, cidades e dioceses, seguindo o exemplo de João Pozzobon.
João Pozzobon com o terço nas mãos
Referências:
[1] RORATTO Ivo Santo, A maravilhosa obra de um homem a pé. Palloti, Santa Maria, 2001, pág.51
[2] URIBURU, Esteban J. Herói hoje e não amanhã: a vida do pobre peregrino e diácono João Luiz Pozzobon (1904-1985). Santa Maria, Instituto Secular dos Padres de Schoenstatt,1991, pag. 237
[3] Idem 2, pág. 256
[4] Idem 2 e 3, pág. 69
Durante suas longas caminhadas com a imagem da Mãe Peregrina nos ombros, ele dizia que o seu ritmo era “pão e terço”. Pelas estradas de terra, nem mesmo a dificuldade do caminho e a incerteza do que encontraria pela frente, nada fazia Pozzobon desviar do seu objetivo. A passos apressados ele seguia para levar a Mãe de Deus ao encontro daqueles que mais precisavam e proporcionar um momento de oração, sempre com o terço em suas mãos.
