Na manhã deste sábado, dando continuidade ao Encontro de Coordenadores e Equipes Diocesanas os participantes refletiram sobre o Ano Nacional do Laicato.
O tema toca o cerne da missão dos coordenadores que, como leigos comprometidos com o Evangelho, atuam junto às suas paróquias sendo sal e luz na vida de muitas famílias.
Na palestra, Pe. José Alem destacou a visão da Igreja a respeito da vocação e missão do leigo e como essa compreensão alcançou seu desenvolvimento ao longo dos tempos. “A Igreja na sua grande maioria é formada por leigos. Por isso, é importante que se recupere o verdadeiro sentido da palavra e do seu significado. Na linguagem mais popular é costume dizer ‘eu sou leigo no assunto’, mas essa é uma deturpação do sentido original.”
De forma breve e sintética Pe. José Alem apresentou a estrutura do Doc. 105 da CNBB sobre a missão e a vocação dos leigos, que vem sendo preparado há 2 anos: “Cristãos leigos e leigas na sociedade – sal da terra e luz do mundo”. Destacou que na história da Igreja os leigos e leigas sempre estiveram presente por isso, citou alguns dos documentos da Igreja que apresentam e aprofundam o tema dos leigos.
Com exemplos e fatos concretos colhidos na sua vasta experiência no acompanhamento pessoal, Pe. José Alem ilustrou na prática a ação evangelizadora dos leigos no âmbito da família e da sociedade.
Sal e luz para uma nova terra mariana
O momento preparado pela Ir. Adriane Maria Barbosa ajudou os participantes a assimilar o tema por meio de testemunhos, nos quais alguns coordenadores relataram de suas experiências de ser sal e luz no ambiente familiar e profissional.
O casal Marcelo e Flávia Gonçalves de Belo Horizonte/MG testemunhou como Schoenstatt ajudou “a dar sabor” na sua realidade profissional: “Eu ficava sempre muito inquieto diante de um mercado de trabalho tão competitivo e isso me inquietava: como ser um bom profissional diante deste ambiente tão hostil? Pouco tempo depois a Mãe e Rainha entrou em nossa história e nós a levamos para nossa empresa. Hoje, parte do nosso trabalho é seguir a Mãe de Deus, aprendemos a oferecer o Capital de Graças, os desafios do nosso dia a dia com os clientes, a concorrência, o relacionamento com os funcionários…” Flávia completa o testemunho: “Com isso, pudemos vivenciar também a transformação de nossos funcionários neste ambiente católico. E tudo isso só foi possível a partir do nosso contato com a Campanha da Mãe Peregrina.”
Silvânia R. Feitosa de Brasília/DF contou algo bem particular de sua vivência familiar: “Meus familiares sempre se incomodavam com meu trabalho na paróquia e no Santuário de Schoenstatt em Brasília. Achavam que eu dava muita mais importância à Igreja que a nossa família. Até que um dia, num evento no Santuário eu mesmo me dei conta o quanto me chateava estar ali com meu esposo, meus filhos e não ter a companhia dos meus irmãos, dos meus sobrinhos, meus tios… Até que um dia ousei então fazer algo neste sentido: deixei de fazer a novena de Natal na Paróquia, com minha comunidade para fazer com meus familiares. Isso já acontece há cinco anos, e tem unido a minha família de maneira bem especial. Tanto que neste ano, um sobrinho comentou: ‘tia, se encontrar só na novena de Natal para rezar é muito pouco, a gente só reza no Natal!’ Assim, para este ano, vamos nos reunir, quanto possível, também nos aniversários para a reza do terço!”
O senhor Carlos de S. Freire de Jacarezinho/PR começou contando das dificuldades que encontrou no decorrer de sua vida, da perda dos pais e os dias vividos no Orfanato ao período em que teve que procurar abrigo nas ruas. Graças à boa formação recebida de religiosas no Orfanato, passou num concurso para a Polícia Civil onde atuou durante 31 anos. “Há 10 anos fui chamado a fazer parte do Terço dos homens. Assim começou o crescimento de minha vida religiosa e o contato com a Família de Schoenstatt. Em 2017 fui convidado a participar pela primeira vez das Missões e foi gratificante experimentar o testemunho de famílias resgatadas e restauradas. Sempre tive comigo uma certeza: quando eu me aposentar, vou me dedicar inteiramente ao trabalho da Mãe!”
Rita de Cássia R. da Silva de Brasília/DF acompanha o trabalho com a Mãe Peregrina no Seminário e nos Ministérios em Brasília: “A presença da Mãe de Deus na Esplanada dos Ministérios é uma presença silenciosa, mas atuante. São aproximadamente 30 Imagens Peregrinas que circulam entre os nossos governantes. Apesar do difícil cenário atual em nosso país, podemos manter viva a esperança e a fé na atuação da Mãe de Deus com as graças que ela leva a partir do Santuário para a transformação de nossa Pátria.”
O testemunho do casal Marcos e Cassiane concluiu esta parte da manhã. Há sete anos funcionário de uma grande empresa envolvida nos escândalos de corrupção no país e diante da indignação de muitos trabalhadores e colegas na profissão, sentiu o chamado para fazer algo e colaborar com a mudança. “Quando entrei neste emprego, eu me questionava muito que eu precisava de alguma forma fazer um apostolado no trabalho, para não ficar dissociada a vida apostólica na família da vida apostólica profissional. Instituí então um Santuário Lar na minha mesa de trabalho e a partir daí a Mãe começou a assumir essa preocupação junto. Existe uma iniciativa entre os católicos da empresa de passar a imagem de Maria, que não é a Mãe e Rainha, entre as famílias, mas que não estava ainda bem estruturada na unidade onde trabalho, mas hoje aproximadamente 80 empregados levam a imagem de Maria para suas famílias.”
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