“Se não tivéssemos cruz, seria motivo para nos surpreendermos. Uma cruz grande e pesada é um privilégio especial, porque assemelha de modo singular a Cristo crucificado” (Pe. José Kentenich) [1]

Ir. Lucia Maria Menzel – Uma vida sem cruz não existe. A festa de hoje quer nos ensinar a “carregar nossas cruzes”, enfrentar as dificuldades, os sofrimentos, os desafios com o olhar glorioso da ressurreição.

Talvez muitos de nós, católicos, não nos lembremos da existência desta festa. Passa, para muitos, despercebida. A origem da festa baseia-se na tradição de que Santa Helena de Constantinopla, mãe do Imperador Constantino, encontrou restos da cruz de Jesus durante uma peregrinação. No local da descoberta foi construída a Igreja do Santo Sepulcro. Em 13 de setembro de 335, a igreja foi dedicada e no dia 14 de setembro a cruz foi posta em exposição para que os fiéis pudessem venerá-la.

Enquanto a Liturgia da Sexta-feira Santa coloca o acento na paixão e morte de Jesus, na festa de hoje, olhando para cruz de Jesus, contemplamos a cruz como instrumento de salvação, fonte de santidade e símbolo da vitória de Jesus sobre a morte e o pecado.

Pe. José Kentenich dizia em 1941:

“Escolhemos a cruz, o sinal de graças para a fonte de graças, para a força e o fruto da graça. Indicam-se aqui os Sacramentos que brotaram do coração de Jesus. … Mas a cruz é também um sinal de campo de luta, da luta do amor. Jesus não se deixou pregar na cruz somente para fazer expiação, mas também para demonstrar seu infinito amor… Enfim, a cruz quer ser também o grande sinal de vitória. Eis o que ela é para nós! … Nossa vitória começa onde começamos a lutar”. E assim nos exorta: “Devemos cuidar que por toda a parte a cruz receba as honras devidas”.

Pe. Kentenich queria que as verdades teológicas penetrassem em nossa vida. Assim, estimulou os jovens para, ao levantarem-se, ajoelhar e fazer o sinal da cruz. Com o sinal da cruz mentalizar: fui batizado (a), sou filho, filha de Deus, Deus me ama, Deus cuida de mim, Jesus venceu a morte.

Com este sentimento de vida, começar o dia e enfrentar todas as situações. Podemos cuidar que haja em nossa casa, além do Santuário Lar, também uma cruz em nossos quartos. Assim aprendemos, olhando para a cruz, confiar na força da fé em Jesus Cristo.

[1] KENTENICH, Pe. José. Às Segundas-feiras ao Anoitecer, vol 21 – Nossa vida à luz da fé. 17 de abril de 1961

Fonte: schoenstatt.org.br