A solenidade de Cristo Rei salienta a realeza e a glória de Jesus Cristo como o Senhor do Universo. Ele veio ao mundo para resgatar-nos do pecado, oferecendo-nos vida nova por sua Morte e Ressurreição. “Ele não vem para reinar como os reis deste mundo, mas para instaurar, por assim dizer, no coração do homem, da história e do cosmos o poder Divino do Amor”[1].

Com esta celebração chegamos ao fim do ano litúrgico. Elas nos recorda também o fim dos tempos, ou seja, o final do mundo antigo, que deve se abrir ao mundo novo com o nascimento de Jesus na Noite Santa do Natal.

O mundo antigo é o mundo do nosso contra-testemunho, nossas infidelidades, nossa falta de fé, de amor, de esperança, o comodismo e nosso afastamento de Deus; o mundo novo, a nova terra mariana, é a vida nova em Cristo, na qual renascemos para a fé, a esperança e o amor, e vivenciamos Deus como nosso Pai misericordioso e Cristo como nosso Rei e Salvador.

Os homens de hoje têm necessidade de descobrir novamente em Cristo seu Salvador, por isso nós que professamos a fé, devemos anunciar ao mundo de hoje, à nossa família, nossos amigos e vizinhos esta verdade, para que eles possam ter o encontro pessoal com Jesus e reconhecer nele seu Salvado e Redentor. Por nossa fé e testemunho de vida procuremos contribuir na edificação do Reino de Cristo no coração daqueles que encontramos em nosso caminho.

Com o término do ano litúrgico, iniciamos o tempo do Advento. Tempo de expectativa, de esperança e de conversão. Expectativa pela vinda do Messias prometido; esperança pela salvação que Ele nos traz, pois então, sua promessa se transformará em posse e nós seremos semelhantes a Ele e o veremos tal como Ele é (cf. 1Jo 3,2) Sua Vinda nos leva a refletir como estamos vivendo nossa fé e convida-nos a buscarmos tudo o que é de Deus e deixarmos tudo o que nos afasta dele e impede nossa salvação.

A consciência de que, em Jesus, nos tornamos filhos de Deus, faz com que nos sintamos comprometidos com a causa do Reino. Na força da Nova e Eterna Aliança, Jesus nos faz participantes de sua missão: “Eu vim par a que todos tenham a vida em abundância…” (cf. Jo 10,10) Isto nos leva a olhar todos os acontecimentos em torno de nós, como alguém que se comprometeu com esta missão de Jesus e se coloca à disposição para ajudar.

Cristo, o Rei é “vitorioso porque, por seu sangue, mereceu-nos a redenção; vitorioso porque o Pai entregou os acontecimentos do mundo em suas mãos.”[2] A Mãe e Rainha, por meio da Aliança de Amor, nos ensine a colher Cristo como Rei de nossa vida e de nossa família.

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[1]São João Paulo II  24.11.2002

[2] Kentenich, José. Congresso em 1946, citado em Cristo minha Vida – pág. 159

Imagem: Ícone de Cristo Rei / Pixabay