“A esperança cristã é um presente de Deus que enche de alegria nossa vida. E hoje, necessitamos tanto dela. O mundo a necessita tanto (…) A esperança é um âncora que se joga com a corda e afunda na areia. E nós temos que estar agarrados à corda da esperança!”[1]
Queridos coordenadores, missionários e famílias que recebem a visita mensal da Mãe Peregrina de Schoenstatt. Se a esperança preenche a nossa vida de alegria precisamos ira ao seu encontro. Onde encontrá-la?
“No coração de cada pessoa, encerra-se a esperança como desejo e expetativa do bem, apesar de não saber o que trará consigo o amanhã”, diz o Papa Francisco na Bula para o Jubileu 2025. Porém, a incerteza diante do futuro, diz o Papa, “faz surgir sentimentos por vezes contrapostos: desde a confiança ao medo, da serenidade ao desânimo, da certeza à dúvida”[2].
Onde e quem nos oferece segurança? Quem pode acender em nosso coração a luz esperança e tornar-nos pessoas alegres, confiantes e vitoriosas?
Na Primeira Carta a Timóteo encontramos a resposta: “(…)Jesus Cristo, nossa esperança” (1 Tm1,1).
Ele vive em nosso coração. Pela vida de oração e sacramental torna-se presente e, desde o nosso batismo faz arder em nós, a chama da esperança.
O barco e a âncora
“Durante o período da pandemia, durante a Statio Orbis na praça de São Pedro totalmente vazia, o Papa Francisco havia utilizado a metáfora evangélica do barco em meio a tempestade, para recordar a fragilidade e o desconcerto da humanidade diante das grandes provações. Num certo sentido, na intenção de oração deste mês, o Santo Padre volta a nos colocar nesse barco, porém para destacar a importância da âncora: “A esperança – diz, acompanhando suas palavras com gestos eloquentes – é um âncora que se joga com a corda e afunda na areia. E nós temos que estar agarrados à corda da esperança”.[3]
Na Bula do Jubileu 2025, o Papa se utiliza da imagem da âncora, dizendo que ela “é sugestiva para compreender a estabilidade e a segurança que possuímos no meio das águas agitadas da vida, se nos confiarmos ao Senhor Jesus”[4]. Não são as tempestades da vida, isto é, as maiores dificuldades, que prevalecem, mas nossa confiança no Senhor, quando estamos profundamente ancorados na esperança.
Maria, testemunha da esperança
“A esperança encontra na Mãe de Deus, a sua testemunha mais elevada”[5]. Maria, viveu sempre da esperança: desde a Hora da Anunciação até “aos pés da cruz, enquanto via Jesus inocente sofrer e morrer, embora atravessada por terrível angústia, repetia o seu “sim”, sem perder a esperança e a confiança no Senhor”[6].
A Aliança de Amor que selamos com a Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt é uma troca de corações, de bens e de interesses. Podemos afirmar que ela nos presenteia o seu coração repleto de Cristo, nossa esperança. Por isso, podemos afirmar que a Aliança de Amor é uma âncora de esperança. A Aliança de Amor nos vincula ao coração de Maria, nosso porto seguro, o mar de graças que Deus nos oferece. A esperança de Maria – nossa esperança!
Quanta pessoas testemunham que a Aliança de Amor que selaram com a Mãe de Deus lhes deu segurança e abrigo. A Aliança de Amor me preenche de uma confiança inabalável.
Em 7.9.1968, pouco tempo antes de falecer, o Pe. Kentenich escreve uma mensagem para a Família de Schoenstatt com o tema: “Com Maria, cheios de alegre esperança e certos da vitória, rumo ao tempo novíssimo”. Ele falece 8 dias depois. Era um sacerdote repleto de esperança, porque inteiramente doado à Mãe de Deus, na Aliança de Amor.
Prisioneiro, no Campo de Concentração de Dachau, escreve o Hino do Instrumento e reza:
“Ainda que nos ameacem o mundo e o demônio
e sobre nós se abatam tempestades,
tu (Mãe Três Vezes Admirável,) rompes vitoriosa todas as barreiras
e nos concedes tua “onipotência”.
Teu coração, porta do céu, seja para nós o refúgio seguro.”[7]
Assim rezava e afirmava com convicção: “Eu creio firmemente que jamais vai perecer, quem permanecer fiel a sua Aliança de Amor”[8]. Não poderíamos também dizer: teu coração, Maria, seja para nós uma âncora segura, âncora da esperança?
Neste dia 18, poderíamos recordar algum fato de nossa vida em que a nossa Aliança de Amor com a Mãe de Deus foi para nós uma âncora de esperança! Entreguemos à Mãe de Deus nossas contribuições ao Capital de Graças, a fim de que muitas pessoas possam descobrir este tesouro – a Aliança de Amor – e que ela seja uma âncora de esperança para muitas famílias!
“Com vosso Divino Filho, abençoai-nos ó Virgem Maria!”
Feliz Dia da Aliança!
[1] https://www.cnbb.org.br/pelos-peregrinos-da-esperanca
[2][2] Bula Jubileu 2025,1.
[3] https://www.cnbb.org.br/pelos-peregrinos-da-esperanca
[4] Bula Jubileu 2025, 25.
[5] Idem, 24.
[6] Idem.
[7] Kentenich, Rumo ao Céu, 610.
[8] Idem, 534.