Celebramos hoje os dez anos de condução da Igreja, pelo Papa Francisco, sob a atuação do Espírito Santo. É muito clara a relação de seu modo de atuar com o carisma de Schoenstatt. Assim como Pe. Kentenich, ele acentua a importância da atuação dos leigos e a unidade entre a fé e a vida, desde a vida de oração, a força dos vínculos humanos e o cuidado da natureza.

Além da inesquecível audiência com ele, durante a celebração do Jubileu de cem anos da Aliança de Amor, em 2014, aconteceram muitos outros encontros com ele, que reforçaram ainda mais esse empenho em comum.

Mas, cremos que quem mais pode falar sobre isso é o Pe. Alexandre Awi, que sempre esteve, de certo modo, bem próximo do Papa durante esse tempo:

Como o senhor resume o pontificado do Papa Francisco nesses dez anos?

É difícil eu resumir um pontificado tão rico e já de dez anos. Tem sido uma grande renovação para Igreja, uma oportunidade para reviver o espírito do Concílio Vaticano II. Ele tem colocado acentos muito importantes na Igreja em saída, uma Igreja missionária. Eu diria que o pontificado do Papa Francisco é a aplicação do espírito da conferência de Aparecida para toda a Igreja Universal.

Que destaque o senhor faz da atuação do Papa Francisco no decorrer desses anos?

O destaque é justamente uma Igreja que tem sido capaz de responder aos desafios do tempo atual. Uma Igreja que se preocupa com temas centrais, como o diálogo religioso, a pobreza, a ecologia, a fraternidade universal. São temas muito importantes para a Igreja e, de fato, o Papa Francisco tem sido ouvido dentro e fora da Igreja. Mas, também fora da Igreja, isso nem sempre é evidente.

Na sua opinião, qual foi a contribuição de Schoenstatt com esse pontificado?

Eu acredito que, como um Movimento Missionário, Apostólico, chamado a ser um movimento em saída, Schoenstatt tem podido realizar essa intuição fundamental do Papa Francisco, especialmente no âmbito da juventude e da família, que foram os dois temas centrais nesses primeiros dez anos, por meio do sínodo sobre a família e o sínodo sobre a juventude. Acredito que aí Schoenstatt tem podido dar uma contribuição muito importante.

De que modo Schoenstatt pode continuar a contribuir com esse estilo do Papa Francisco de dirigir a Igreja?

Uma outra contribuição vai na linha da sinodalidade, a partir do nosso espírito federativo. Acredito que é algo em que podemos ainda crescer internamente e podemos também colaborar na Igreja Universal, nos diferentes organismos e nos âmbitos onde estamos presentes, para que possa continuar a acontecer esse diálogo e essa participação na reflexão na vida da Igreja.

Mas, eu acredito também que uma Igreja mariana tem muito a ver com esse estilo do Papa Francisco. Embora o Papa não explicite dessa forma, o seu acento mariano tem a ver também com a missão da Igreja, uma Igreja misericordiosa, uma Igreja que é mãe, uma Igreja que é capaz de acolher, que abraça antes de julgar, que procura realmente viver a revolução da ternura, como o Papa fala. Isso também é muito próprio de um carisma mariano, de um Movimento mariano como o nosso. Nesse sentido, nós podemos continuar contribuindo.

Imagem da Mãe Peregrina no quarto do Papa

Uma mensagem especial:

É relevante recordarmos que a nossa Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável, na sua imagem peregrina tem continuado a acompanhar o Papa Francisco em seu pontificado. Praticamente no início de seu pontificado, em 2013, ela quis chegar até as mãos do Papa, durante a Jornada mundial da juventude no Rio, e já em mais de uma ocasião, especialmente em 2014, também no ano passado, quando foi audiência com os participantes do Capítulo Geral dos Padres de Schoenstatt, o Papa Francisco voltou a testemunhar a presença da Mãe em sua mesa de cabeceira, onde ele reza todos os dias de manhã e se deixa acompanhar por ela. Que a Mãe e Rainha continue acompanhando os próximos anos de pontificado do Papa Francisco, intercedendo para que seja um tempo de renovação da Igreja, um tempo muito fecundo para a Igreja Universal.

 

Saudação do Pe. Alexandre ao Papa Francisco pelos 10 anos de magistério

 

Fonte: schoenstatt.org.br