Queridos coordenadores, missionários e famílias que recebem a visita da Mãe Peregrina de Schoenstatt.
Nesta Sexta-Feira Santa, dia da Aliança de Amor, nosso olhar se volta para a Paixão e Morte de Cristo. Contemplamos o Filho muito amado do Pai, suspenso na cruz, na doação máxima de si mesmo. Por amor incondicional, entregou sua vida por nós, Nesta consciência, compreendemos que na cruz do Senhor está a plenitude do Amor e da Vida.
A nova e eterna Aliança.
“Este cálice é a Nova Aliança em meu sangue, que é derramado por vós…” (Lc 20,22)
Pelo sangue de Cristo derramado, a reconciliação com Deus se torna realidade para todos. Esse ato de amor estabelece uma aliança perene, fundamentada na misericórdia e no perdão.
O Pe. José Kentenich reza:
“Agora estás suspenso entre o céu e a terra,
para que surja uma nova criação de amor;
a Onipotência se tornou indizivelmente pobre,
porque teu amor é tão profundo e ardente.Para conduzir-nos rápida e seguramente a ti,
ao morrer nos queres dar tua Mãe:
“Eis tua Mãe!” – “Eis teu filho!”
assim ressoam tuas palavras,
da cruz, teu trono real.”[1]
A Aliança de Amor, força no sofrimento
Neste dia 18, ao renovarmos nossa Aliança de Amor, colocamo-nos aos pés da cruz e acolhemos novamente o testamento de amor do Salvador: “Filho, eis aí tua Mãe”; “Mãe, eis aí teu filho“(Jo19,26-27). A Mãe de Deus nos acolhe em seu coração maternal com tudo o que somos e temos: preocupações e alegrias, desânimo e otimismo, cansaço, fragilidades e esperança.
Cheios de confiança, podemos rezar: Maria, quando em nossa vida, prevalece a desilusão: dai-nos a força de amar e recomeçar.
Quando caem sobre nós os juízos dos outros: dai-nos a força de amar e recomeçar.
Quando nada funciona e nos tornamos impacientes: dai-nos a força de amar e recomeçar.
Quando sentimos que não aguentamos mais: dai-nos a força de amar e recomeçar.
Quando nos oprime o pensamento de que nada mudará: dai-nos a força de amar e recomeçar.[2]
Na renovação da Aliança de Amor com a Mãe de Deus, “o sofrimento nunca tem a palavra final”[3], pois ela nos conduz mais profundamente ao Filho e Nele vencemos todas as dificuldades.
Assim, podemos caminhar como Peregrinos de Esperança, pois Maria – aquela a quem nos doamos – é a Mãe da Esperança. Levamos a luz da esperança por onde formos e atuarmos: esperança de começar uma vida nova, de perdoar, de ser perdoado, de experimentar a misericórdia do Pai e, mesmo reconhecendo nossa pequenez, abrir-nos para a graça, acreditando que “onde abundou o pecado, superabundou a graça” (Rm 5.20).
Neste dia da Aliança, depositemos nossas contribuições no Capital de Graças, nossas dores e sofrimentos, para que a Mãe e Rainha de Schoenstatt, encoraje todos aqueles que a procuram no Santuário e na sua visita às famílias.
“Com vosso Divino Filho, abençoai-nos, ó Virgem Maria!”
Feliz e Santa Páscoa!
Ref:.
[1] Kentenich, José. Rumo ao Céu, 311-312.
[2] Cf. Francisco, Meditações da Via-Sacra, 2024.
[3]Idem