O Brasil comemora neste dia 15 de novembro a Proclamação da República, que ocorreu em 1889; trata-se de uma data propícia para refletir sobre o bem comum. Olhar para o mundo em que vivemos, com seus grandes desafios sociais, econômicos, políticos, com guerras e insustentabilidade, nos causa angústia e surge em nós a pergunta: para onde caminha nosso mundo? Será que ainda há uma saída ou tudo está perdido?
Sal da terra e luz do mundo para uma nova terra mariana!
“A palavra ‘nova’ quer destacar o aspecto da grande ousadia que nos é exigida nesta hora de grandes desafios. A construção de uma nova terra mariana exige da nossa parte muito heroísmo. Herói é aquele que consagra sua vida a uma grande tarefa. Precisamos de novas forças, de um novo protagonismo e de um aprofundado espírito de sacrifício, capaz de se consumir totalmente pela missão.
A terra mariana (…) expressa a urgência pela construção de uma nova sociedade em nossa pátria, um novo Brasil. Também expressa a dimensão mariana da nossa missão e da nossa projeção missionária permanente. Construindo a nova terra mariana tornaremos realidade o Schoenstatt em saída. Estamos em saída para transformar o Brasil e o mundo em nova terra de Maria”.[1]
Padre José Kentenich, profeta para o nosso tempo atual
“Acreditamos que neste momento da Igreja e da sociedade é urgente ter personalidades proféticas que sejam resposta aos desafios do nosso tempo. Acreditamos que o nosso Pai e Fundador é um grande profeta para o nosso tempo atual. Ele sabia que era portador de uma missão, com um acento muito claro na construção de uma nova ordem social cristã. Ele soube fazer um diagnóstico e um prognóstico acertado sobre a época em que vivemos e, antecipadamente, elaborar uma resposta por meio da espiritualidade, da pedagogia e da mensagem de Schoenstatt (…)”.[2]
Somos, portanto, convidados a aprofundar-nos no pensamento e na missão profética do Pe. Kentenich para assumi-los e colocá-los em prática em todos os âmbitos onde atuamos.
Nosso Fundador, o Servo de Deus, Padre José Kentenich, tinha uma visão muito clara e precisa da missão do leigo no mundo. Ele fundou nosso Movimento para formar apóstolos leigos a fim de que sejamos sal da terra e luz do mundo.
Já em 1958 ele explica aos casais:
“Nossa tarefa como leigos consiste em transformar o mundo. Devemos permanecer no mundo e cuidar que não fiquemos contagiados do espírito mundano. (…) Asseguramos então: Deus – o mundo – eu. Vejam, o mundo não pode me afastar de Deus. Ele deve me ajudar a encontrá-lo”.[3]
Deste modo, a luz do “Ano do Laicato”, celebrado neste ano como Igreja no Brasil, que teve como objetivo: “Como Igreja, Povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar sua identidade, vocação, espiritualidade e missão, e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade”, como Movimento Apostólico de Schoenstatt também queremos contribuir por meio da nossa espiritualidade, para a transformação da sociedade, a partir dos valores cristãos.
Confiemos a condução de nosso país aos cuidados da Mãe e Rainha de Schoenstatt, para que ela volva os seus olhos misericordiosos sobre nosso Brasil e todo o povo brasileiro; na certeza de que ela implorará ao Espírito Santo os seus dons sobre todos os que têm o poder de decidir os destinos de nossa Pátria. Suplicamos:
“Querida Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt, diante da grandeza das aflições que oprimem nosso povo e nossa pátria, sentimos profundamente nossa limitação. Confiando, porém, inabalavelmente em tua sabedoria, tua bondade e teu poder, colocamos em tuas mãos maternais a sorte e os destinos do Brasil. Mãe e Rainha, nós confiamos em ti!”
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[1] SIMICIC, Ivan. Carta de Apresentação do novo lema da Família de Schoenstatt do Brasil-Tabor, 16.11.2017.
[2] Idem
[3] KENTENICH, José. Segundas feiras anoitecer, chamados à santidade, p. 175 – 186 na edição alemão, 9.6.1958.