O mês de maio carrega consigo a ternura e a delicadeza da Mãe de Deus. É um tempo em que voltamos nosso olhar para Aquela que na simplicidade e na humildade de coração deu seu Sim a Deus com alegria, vivendo sempre no silêncio da oração e na contemplação.
Por meio de Maria podemos reconhecer o chamado que Deus nos faz a cada dia, o chamado à santidade, o chamado a cultivar e viver fielmente a nossa vocação.
Na Família de Schoenstatt encontramos personalidades que se entregaram com profundo amor ao chamado de Deus e viveram sua vocação de forma heroica, oferecendo grandes sacrifícios à Mãe e Rainha. Neste mês, recordamos a vivência da vocação de José Engling, um jovem camponês que “desde que se percebeu vocacionado para a grandeza, nada conseguiu detê-lo”.
José Engling foi seminarista da Sociedade São Vicente Pallotti e aluno do Pe. José Kentenich. Pertencia à Congregação Mariana, mas não participou da fundação de Schoenstatt em 18 de outubro de 1914, pois chegou dias mais tarde das férias anuais. Mesmo assim, foi um dos que primeiro e mais profundamente compreendeu o sentido dessa consagração.
Mesmo sendo um soldado na primeira Guerra Mundial, viveu a sua vocação e a santidade em meio a todos os conflitos da época. Em 1916, no mês de maio, Engling decide consagrar o jardim de seu coração à Mãe Três Vezes Admirável, oferecendo flores a Ela que representavam seus sacrifícios diários e sua entrega sendo “Tudo para todos e propriedade especial de Maria”. No fim do mês, foram totalizadas 1.712 “flores”, cerca de cinquenta e cinco por dia!
Assim como Engling, surgiram muitos outros heróis na Família de Schoenstatt que dedicaram sua vida à serviço do Reino de Deus e da Querida Mãe e Rainha.
A vivência da vocação é uma resposta de amor ao chamado que o Bom Deus nos faz. Queremos, a exemplo de Maria, dar o nosso Sim generoso a Ele e assim, seguir o exemplo dos heróis que se dedicaram e doaram sua vida inteiramente pelo Reino de Deus e pela Santa Igreja.
Somos chamados a viver na santidade, seja como leigos ou como consagrados à vida religiosa.
O Papa Francisco também nos convida a sermos esses instrumentos nas mãos do bom Deus, respondendo ao seu chamado de amor. Ele nos diz: “Também nestes nossos agitados tempos, o mistério da Encarnação lembra-nos que Deus não cessa jamais de vir ao nosso encontro: é Deus conosco, acompanha-nos ao longo das estradas por vezes poeirentas da nossa vida e, sabendo da nossa pungente nostalgia de amor e felicidade, chama-nos à alegria. Na diversidade e especificidade de cada vocação, pessoal e eclesial, trata-se de escutar, discernir e viver esta Palavra que nos chama do alto e, ao mesmo tempo, que nos permite pôr a render os nossos talentos, faz de nós também instrumentos de salvação no mundo e orienta-nos para a plenitude da felicidade.”
Que no espírito dessas palavras e na vivência do mês dedicado à Mãe de Deus possamos voltar nosso olhar às diversas vocações existentes em nossa Igreja e rezar de um modo especial por cada um desses que se dedicam ao Reino de Deus e oferecem seus sacrifícios diários na luta pela santidade e fidelidade ao chamado!

 

Por: Larissa de Cássia