Até pouco além da metade de sua vida, foi o Sr. João [Luiz Pozzobon] um homem bom, um bom católico, porém não encontrara sua missão. O contato com o Santuário de Nossa Senhora de Schoenstatt, em Santa Maria, o pôs, interiormente, em movimento. A mudança, porém, mais profunda em sua vida interior ocorreu quando assumiu a “Campanha” da Peregrina. A partir de sua consagração intensificou-se sua vida de oração:

“No princípio rezava um terço – diz-nos. Mais tarde passei a três terços, depois a sete – em memória das Sete Alegrias de Nossa Senhora. De sete passei a onze, porque a Bênção do Santuário (de Santa Maria) foi num dia onze (11/04/1948). Após certo tempo – nunca voltei atrás depois de ter dado um passo adiante – disse à Mãe e Rainha: “Mãe, por favor, poderei chegar a rezar quinze terços, em honra dos quinze mistérios?”. Refleti comigo mesmo: como vou fazer isso? Não há tempo que chegue para quinze terços… apesar disso propus-me começar. Iniciava de manhã cedo. Quando vinha ao Santuário, rezava os primeiros terços… Nos fundos de minha casa, havia uma horta de verduras. Ali eu tinha que fazer uma hora de trabalho na terra, capinando com a enxada. Como podia rezar trabalhando na terra? Veio-me a ideia de marcar cinco dentes no cabo da enxada. Enquanto capinava, ia passando o dedo indicador por essas ranhuras – uma, duas, três, quatro, cinco… de ida e volta – e assim, enquanto trabalhava, pude continuar rezando”. [1]

Que a exemplo de João Luiz Pozzobon, especialmente neste mês dedicado ao Rosário, encontremos diversas oportunidades de rezar o terço no dia a dia!

[1] Livro: Herói hoje, não amanhã, p.66. Esteban J. Uriburu. Santa Maria: Editora Pallotti, 1991. Tradução: Armindo Trevisan. 

Foto: Fotografia Religiosa