O seu filho (a) já tem 35, 40 anos ou mais e ainda está em casa, morando debaixo das suas asas?

Muitas mães e pais se preocupam com o futuro dos seus filhos, pois percebem que eles não têm pressa de sair de casa para construir seu próprio futuro, ou quando saem, devido ao estudo, voltam, aos fins de semana, para a casa dos pais e levam a roupa para a mãe lavar… Isso acontece na sua casa?

O que está acontecendo com essa geração das pessoas entre 20 e 40 anos? Na verdade, a geração anterior, que teve que batalhar bastante para construir seu futuro, se deparou com um emergente e constante desenvolvimento tecnológico. Nossas mães enceravam o chão com esfregão, nós com enceradeira, mais para frente surgiu a cera alto-brilho que não precisa encerar e a geração atual, o que faz? Deixa o chão sem brilho, dizendo que assim é mais ecológico, mais natural… Ou seja, não querem se dar ao trabalho de nada! Esse é só um exemplo. O intenso progresso parece ter dado aos pais o sentimento: quero poupar meu filho ao máximo, de qualquer dificuldade, de qualquer peso.

A geração atual de adultos jovens e “maduros” está muito mais acomodada, em certo sentido, do que a anterior. Eles buscam desenvolvimento profissional, se empenham em fazer carreira, porém não se importam em assumir sua própria vida com todas as consequências que ela traz. Se um jovem vai morar em outra cidade para cursar a universidade, não seria normal que ele enfrente também o trabalho de lavar a sua roupa, de cozinhar para si mesmo, de limpar a sua casa ou quarto, ao menos de vez em quando? Se os pais não o educam para isso, não “forçam um pouco a barra”, o jovem, por si mesmo, não vai se desenvolver nesse sentido, pois buscará o mais cômodo.

Muitos jovens com mais de 30 anos estão namorando há tanto tempo e sempre mais adiam o casamento, pois para eles é bastante cômodo. Os pais “patrocinam” tudo, enquanto o jovem só se preocupa em estudar e fazer a sua carreira, muitas vezes levando uma vida de casado com sua namorada, mas sem assumir todos os compromissos que derivam disso.

Como pais católicos, o que podemos fazer? Se os filhos ainda estão na faixa etária dos 20 anos, ainda dá para fazer bastante coisa! Mas também depois, vale a pena ainda tentar! O diálogo, a conscientização é sempre o melhor caminho. Não ter medo de falar sobre isso e colocar claramente que para se atingir a maturidade, é necessário assumir nossa vida por inteiro! E depois, começar a tomar medidas concretas. Ensinar o filho a lavar a roupa, a limpar o quarto, a cuidar das suas coisas. Não ter pena: “Ah, coitadinho, tem que estudar tanto a semana toda!” Ou então: trabalha o dia inteiro e estuda à noite, como está cansado”! Sim, deve estar bem cansado, mas é um cansaço saudável de quem está investindo em seu futuro! Com essas “compaixões” tornamos nossos jovens moles, acomodados, sem energia, incapazes de enfrentar a vida. Não precisamos ser cruéis, mas uma dose de disciplina sempre faz bem!

O Papa Francisco disse em 2014: “Uma mãe me dizia:

– Padre, que posso fazer para que meu filho, que tem 32, anos se case?

– Bom… primeiro precisa ter uma noiva, senhora!

– Sim, sim, ele tem uma noiva, mas não se casa.

– Bom… senhora, se tem uma noiva e não se casa, então, não lhe passe mais as camisas, quem sabe se anima, não?”

Os pais precisam, às vezes, tomar uma decisão radical, para dar um empurrãozinho aos filhos!

Pior é quando os filhos adultos não estudam, nem trabalham e ainda estão em casa, os pais patrocinando tudo, até a gasolina e o cigarro do filho…

Bem, queridos pais, vamos lá! Tenhamos coragem de dar coragem aos filhos de edificarem sua própria família, de casarem, de assumirem as consequências de uma nova família! Se os filhos são ainda mais jovens, é tempo de fazer uma caminhada de conscientização com eles, mostrando como é belo formar uma família ou assumir a própria vida, na vocação que Deus lhe mostra. Nosso próprio exemplo é o decisivo.

Que a Mãe e Rainha ajude para que os jovens adultos desta geração tenham a coragem, a iniciativa de construir seu futuro, contribuindo também para uma nova terra mariana, a partir de novas e sólidas famílias católicas.