Alguém que conheceu o Diac. Pozzobon testemunha:

Ao conhecer o Diácono Pozzobon, “(…) Encontrei um homem de uma alegria profunda e transbordante, de uma entrega generosa e desinteressada. Um homem de um grande amor a Maria, de uma fina delicadeza em tudo. Ouvi-lo falar me confirmou, uma vez mais, que é um homem de Deus, tem visão de profeta. Em suas palavras e na transparência do olhar, deixa perceber todo seu entusiasmo e todo seu amor pela Rainha, pela Campanha e também por nós. E, assim como ele costuma dizer, ‘um só homem pode mover o mundo’. Não duvido que sua vida seja um exemplo para todos os corações da terra”. (Flávia Islas)[1]

 

O Diácono Pozzobon não tinha uma situação financeira que lhe possibilitasse realizar tudo o que fez pelos mais necessitados. Quem visita a sua residência se impressiona, entre outras coisas, pela simplicidade da casa em que morava. No entanto, sabemos que ele construiu capelas, construiu casas para os pobres, ajudou muitas famílias a terem uma vida mais digna. Como ele conseguiu tudo isso?

“O amor é criativo”, diz um ditado popular. João não era do tipo paternalista que dá tudo o que o outro necessita, sem que esse ofereça também a sua contribuição. Ele sabia que, participar na construção, por exemplo, aumentava a consciência de valor da pessoa humana, e por isso, as casinhas eram construídas em mutirão, pelos que já moravam na “Vila Nobre”, pelos futuros habitantes e pelas pessoas da comunidade.

A Vila Nobre da Caridade continha 13 casas e uma capela. Por sua iniciativa, foram construídas mais duas capelas em outros bairros, algumas ermidas e escolas.

Havia condições para as pessoas permanecerem nessas casinhas. O Diác. Pozzobon, com as famílias da Vila, elaboraram uma lista de normas que eram obedecidas pelos moradores. Elas se referiam tanto a exigências morais de comportamento como ao esforço por melhorar a própria condição financeira. Como vemos, o amor do Diácono Pozzobon pelos mais pobres e seus atos de caridade, eram ações que libertavam e promoviam para uma sadia autonomia. Ele acreditava que era apenas um pequeno instrumento, por meio do qual a Mãe de Deus realizava as grandes obras. E, porque estava plenamente convicto de que Deus era o autor de toda transformação interior nas pessoas, seus atos concretos de caridade nunca eram separados da oração e dos sacrifícios, oferecidos conscientemente nessa intenção.

 

Imagem: Arquivo Secretariado

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[1] IRoratto, lvo Santo.  A maravilhosa obra de um homem a pé