18° Domingo do Tempo Comum
Por: Pe. Francisco José Lemes Gonçalves
A Liturgia da Palavra deste domingo, nos leva a refletir sobre a segurança que depositamos nos bens matérias, como garantia de bem-estar. O exagero com as preocupações, que muitas vezes nos impede de servir melhor a Deus, as vaidades que faz cuidar – muita das vezes – exageradamente de nós mesmos, fazendo gerar em nós um sentimento de não se importar com o outro. A Liturgia nos leve a buscar as coisas do alto, desapegando-nos de tudo que possa ser empecilho ou maldade que nos afasta de Deus.
Aprender a renunciar e nesta renuncia encontrar a verdadeira felicidade e liberdade. Usar dos bens que passam para ganhar os que não passam. Quando estamos exageradamente apegados as coisas deste mundo, o Evangelho e as leituras deste fim de semana pode trazer um sentimento de repulsa ou de deboche, como: “Imagina viver de brisa!” ou, “Ah, mas não dá para viver assim”, ou outras expressões que queiramos justificar.
Confiança na Divina Providência
Quando de fato fazemos uma experiência de desapego e confiança na Divina Providencia de Deus, experimentamos uma alegria e liberdade que o mundo nunca entenderá. Ter e ao mesmo tempo fazer, deste algo “divino”, talvez por isso a humanidade está doente e vazia. Colocar a segurança (total) nos bens que passam gera ao fim delas ou no desgaste deles um profundo vazio existencial e espiritual.
Jesus desapegou-se até mesmo de seu ser Deus e veio morar entre nós. Viveu do pão de cada dia na lida com José na carpintaria. Vivia alegre com Mari, sua Mãe e juntos a meditar a Palavra de Deus. Com Jesus descobrimos a simplicidade dos lírios do campo, a fé no providencia de Deus dos pássaros. Para um mundo que nos leva ao consumismo, na busca do melhor corpo, nas satisfações do ter e do prazer… fica difícil viver na simplicidade e no despojamento.
Nosso Pai e Fundador, o Pe. José Kentenich, nasceu de família simples, viveu um sacerdócio na simplicidade, nos ensinou a viver e confiar na Divina Providencia a qual ele mesmo vivia. Não foi apegado a nada, nem mesmo a Schoenstatt, quando lhe foi tirado nos longos 14 anos em que viveu exilado.
Ser o amor do Coração de Jesus
Quando mergulhamos em Deus, somos felizes e ricos. Que nossa Mãe e Rainha nos eduque neste vivencia e em seus Santuários, como bons filhos escolhamos a melhor parte e sentemos ao redor da Mesa da Palavra, para ouvir seu Divino Filho e por Ele alimentados partir em missão.
O mês de agosto é dedicado as vocações, reze pelo seu sacerdote ajude-o na santidade, sendo você também santo naquilo que lhe cabe. Zele pela vocação de seu padre, reze para que “ele seja o amor do Coração de Jesus” e o consagre quantas vezes for possível a Mãe e Rainha dos corações sacerdotais. Felicite seu padre pelo dia do padre, procure lembrar dele neste dia com amor e perdoe se não conseguiu ser-lhe imagem límpida de Cristo.