47 anos da Ordenação Diaconal de João Pozzobon
Juliana Dorigo
Nesta mesma data, em 30 de dezembro de 1972, João Luiz Pozzobon era ordenado Diácono, na Capela Nossa Senhora das Graças, em Santa Maria/RS, pelo bispo diocesano, Dom Enrico Ferrari. Foi um dia muito profundo e feliz na vida do Sr. João: “Aquele dia vivi uma alegria sobrenatural, uma felicidade do céu”. [1]
Durante sua preparação, João Pozzobon falou sobre a espiritualidade da Campanha da Mãe Peregrina: “Uno-me sempre ao Santo Padre e ao nosso amado Bispo, como também aos párocos, sacerdotes e a todos os religiosos, na sublime obra de salvar as almas. Este é o espírito da Campanha. Queremos levar a paz aos homens, fazer todos felizes através da reconciliação”. [2]
Após sua ordenação, o Sr. João escreveu: “Minha ordenação foi como uma flor que se abriu, uma grande alegria que se estendeu a todos os amigos. Senti-me penetrado totalmente pelo espírito da Santa Igreja. Sentir a união com um só coração. Foi um verdadeiro Cenáculo junto à Mãe e Rainha. A hora do Espírito Santo…”[3]
Pozzobon, ao final, deixou a seguinte mensagem: “Vou levar a paz para todos… vou fazer irmãos felizes, vou ser muito solidário com o dom do Espírito Santo com as graças do Santuário, com Jesus na Eucaristia abençoando o intenso itinerário”. [4]
João Pozzobon viveu com fidelidade e consciência de missão esta vocação ordenada a que foi chamado. Ele foi um missionário e sinal visível da Igreja em saída, passando por diversas comunidades rurais distantes.
Pozzobon me ajudou a dizer o meu ‘sim’ ao diaconato
João Pozzobon, com seu exemplo de serviço no diaconato permanente, continua inspirando novas vocações. É isso o que nos conta o Diácono Francisco Alves, de Mauriti/CE, Diocese de Crato/CE:
“Em 2007 o nosso bispo diocesano, Dom Fernando Panico, fez a dedicação e consagração do Santuário Paroquial da Mãe e Rainha (em Mauriti/CE); depois ele foi jantar com a gente e na hora do jantar ele me convidou para fazer parte da escola diaconal. Na hora eu fiquei com receio e também não entendi muito bem o que era, então eu disse que ia pensar e depois daria uma resposta. Eu nunca tinha pensado no diaconato antes.
Em 2008 eu participei de um encontro vocacional para o diaconato e em 2009 eu fui a Santa Maria/RS, para o Congresso de Outubro. Fui com um pouco de antecedência e aí eu conheci a Casa de João Pozzobon, que hoje é um museu. E ali mesmo eu tomei a decisão de que eu queria ser também um diácono permanente. O meu ‘sim’, como diácono permanente, eu dei diante do túmulo de João Pozzobon na Capela de Nossa Senhora das Graças.
E quando eu voltei, dei a resposta ao Bispo e já em seguida começamos a formação na Escola Diaconal, que levou sete anos de preparação. Então, de certa forma, o exemplo dele, o modelo que ele foi e eu acredito que até mesmo uma graça que ele intercedeu foi isso, ele me ajudou a dizer o meu ‘sim’.
Se ele, com dificuldade em tantas coisas, conseguiu, eu também, aqui no interior do sertão, com a grande missão que a Mãe de Deus colocou nas minhas mãos, ia conseguir viver o ‘sim’ à vocação do serviço – pois o diácono é um servo, é aquele que está a serviço dos irmãos, a serviço de Cristo, a serviço do Evangelho”.
[1] Pe. Esteban J. Uruburu, livro João Luiz Pozzobon um missionário de Maria.
[2] Pe. Victor Trevisan, livro: João Pozzobon um “Santo” com têmpera de missionário leigo?
[3] Idem.
[4] Ivo Santo Roratto, livro: A maravilhosa obra de um homem a pé.