Por: Pe. Francisco José Lemes Gonçalves
Com esta Solenidade encerramos o Ano Litúrgico da Igreja e agradecemos tudo que pudemos viver no Mistério Pascal de Cristo, onde se encontra a nossa páscoa. Com Ele do nascer, vida pública, paixão e morte e sua gloriosa ressurreição e o tempo do Espírito, peregrinamos neste mundo até o dia em que nosso Bom Pai do Céu nos chamar para junto de si.
O Reino de Cristo não é deste mundo, como também não é um rei a modo do mundo. Seu reino é daqueles que servem. Ele mesmo provou isso, desde sua Encarnação, por obra do Espírito Santo, no seio virginal de Maria. Provou isso, nos seus gestos concretos de cura, com palavras e no seu aproximar dos pobres e pecadores. Como também na Última Ceia, ao tirar o manto (despojamento de todo poder), amarrar uma toalha a cintura (disposição no servir) e com uma bacia e um jarro de água, lavou os pés dos apóstolos. E assim, nos pediu para que fizéssemos o mesmo. Na cruz, dá sua maior prova de que seu Reino é daqueles que dão a vida, livre e por amor.
Rei dos reis
Aos pés da Cruz estava uma rainha, diferente das rainhas de contos de fada. Uma Rainha como o Rei, despojada, solidária e marcada pela cruz. Também não foi saudada como mãe do grande rei, mas como Mãe do Filho que estava sendo morto, porque se fez Deus e se proclamou como Messias. Coroada de injurias e impropérios, mas estava ali de pé, com o Rei dos reis.
Celebrar Nosso Senhor como Rei do Universo é não ter medo de fazer parte de seu Reino, que tem como ponte a Cruz, sem ela corre-se o risco de ser um “reino de faz de conta” e isso está cheio por aí. Reinos com muitas promessas, vantagens, ausência de sofrimento. Quem professa a fé em Jesus Cristo, crê no Crucificado-Ressuscitado!
Com nosso Pai e Fundador, Padre José Kentenich, rezemos:
“Tens o cetro em tuas mãos, reinas sobre cidades e campos; céu e terra são tua tenda, és Rei do Universo. (…) O poder da antiga serpente esta algemado, o universo encontrou o seu centro: tu és o Senhor do céu e da terra, ante o qual se prostra toda a criação”. (Rumo ao Céu 144.324)