Para que toda a Igreja reconheça a urgência da formação para o discernimento espiritual, a nível pessoal e comunitário.
O discernimento
O discernimento é fundamental para o crescimento pessoal. É este o desafio que o Papa Francisco nos faz – estar atento àquilo que Deus quer, decidir a própria vida e a vida das comunidades a partir da oração e da partilha.
Inevitavelmente, no processo de discernimento espiritual, levantam-se um conjunto de questões às quais devemos responder. Quando não respondidas, incorremos num sério risco de nos afastarmos de Deus. É este, desde logo, um dos principais desafios do discernimento – levá-lo a cabo com responsabilidade e dedicação, não temendo as respostas que podemos encontrar.
Durante este processo, podemos ficar presos a todas as perguntas e respostas que nos surgem, levando-nos a um certo afundar nos problemas e experiências que vivemos. Para que não nos lancemos num declínio espiritual e mental, devemos então ter a certeza de que nos encontramos equilibrados, sendo este outro dos desafios que nos é imposto.
Assim, na confiança de que Deus nos acompanha, devemos ser capazes de aceitar as respostas que encontramos e pô-las em prática na nossa vida, não parando nunca de nos interrogarmos. O discernimento é, de facto, ter a coragem de querer sempre estar ligados a Deus e, mesmo que por vezes estejamos distraídos, Deus dá-nos a capacidade de voltar a estar em sintonia.
Texto: Vítor Castro – Colaborador da Rede Mundial de Oração do Papa-Portugal
Imagem: Rádio Santa Cruz