Por: Pe. Vandemir J. Meister
O dia 12 de dezembro é lembrado como a festa de Nossa Senhora com o título de Nossa Senhora de Guadalupe, Padroeira do México e das Américas. Nossa Senhora que toma as feições aborígenes identificando com seus amados filhos. O normal é que os filhos assumem a feição da mãe; mas para Deus tudo é possível, ele inverteu esta lei natural e realizou outro grande milagre de que a Mãe de Deus, Maria de Nazaré, assumisse a feição dos filhos latinos americanos, com um olhar indígena.
O Servo de Deus, João Luiz Pozzobon nasce neste mesmo dia, dia de Nossa Senhora de Guadalupe. Ele de ascendência italiana, também é filho da terra. Será pelo duro? Assim chamam os gaúchos para os filhos que são da terra. João Luiz Pozzobon nasceu em Ribeirão, vila pertencente atualmente à cidade de São João do Polêsine, situado no coração do Rio Grande do Sul. Este local teve o privilégio do nascimento de um filho da terra que foi escolhido por Deus com uma insigne missão mariana. Ajudar a difundir a devoção à Nossa Senhora com o título de Mãe Rainha. Tocado por Maria, ele começou em 10 de setembro de 1950 com a Campanha da Mãe Peregrina, visitando famílias, escolas, hospitais, presídios, etc. Onde ele encontrava um espaço para levar a imagem da Mãe de Deus segurando seu amado Filho, ali entrava João. No encontro com a Mãe de Deus, João Luiz Pozzobon renasce e assume o compromisso com os filhos da terra, com aqueles que mais necessitavam de Deus. Ele queria levar a Mãe e Rainha, para que através dela as pessoas chegassem a Deus.
Ele encontrou a Mãe de Deus no Santuário. Alí ele se identificou com aquela que lhe olhava fixamente.
O Padre João Pablo Cattoggio, atual superior geral dos Padres de Schoenstatt, comenta:
“João L. Pozzobon não é nenhum santo solitário, nem uma aparição isolada. Ele cresceu na Família de Schoenstatt. O Santuário da Mãe Rainha de Schoenstatt foi seu segredo e “berço de santidade” (“Foi onde aconteceu o meu grande descobrimento… Entendi a missão e por ela minha entrega foi total”. Acrescenta: “Ao Santuário me consagrei, pelo Santuário viverei, pelo Santuário morrei”). Não foi um autodidata da santidade. Formou-se na escola espiritual do Pe. José Kentenich (1885-1968), os breves contatos pessoais e por cartas com ele foram decisivos. Soube ser seu “pequeno aluno”, unido sempre a ele (“Eu necessito andar sempre junto a Sr.”), seu colaborador e Cirineu (“Por isso, Sr. Padre, ofereci minha vida para o desenvolvimento da Obra da Mãe e Rainha três vezes Admirável de Schoenstatt…farei como o Cirineu, lhe ajudarei a carregar o peso que lhe foi enviado…”). Entendeu a Campanha como clara realização da missão de Schoenstatt – assim também o considerou o mesmo Pe. Kentenich – e portadora de sua benção. Ofereceu expressamente a peregrinação ao Santuário Original (1979) pela beatificação do Pe. Kentenich – desde 1974 servo de Deus – e a pediu por escrito isso ao Santo Padre.” (BC.p.7-8)
Pe. Vandemir J. Meister
Postulador da Causa de Canonização do Servo de Deus João Luiz Pozzobon.